A automedicação pode induzir a diferentes problemas de saúde, dos mais simples aos mais graves.
Você já parou para pensar na quantidade de medicamentos que consome por dia? E quais deles foram recomendados por profissionais de saúde? Com base neste assunto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informa que a automedicação é um hábito utilizado pela maioria da população como uma solução rápida para o alívio imediato de alguns sintomas, mas essa atitude pode trazer consequências graves.
No dia 05 de maio, celebra-se o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos. A data chama a atenção da sociedade sobre os riscos do uso indiscriminado de medicamentos e plantas medicinais sem indicação de eficácia comprovada, que podem inclusive ocasionar efeitos colaterais, levando ao desenvolvimento de outras doenças.
“A automedicação pode induzir a diferentes problemas, desde alguns mais simples até outros mais graves. Entre esses problemas, podemos listar: diminuição da efetividade do medicamento, aumento do risco de efeitos adversos, mascaramento de sintomas, agravamento de uma doença, resistência aos antimicrobianos, dependência física ou psíquica e até morte”, disse a farmacêutica do Núcleo de Demandas Judiciais da Secretaria de Estado da Saúde, Márcia Juwer.
A analista de Gerência de Gestão de Pessoas/SES-TO, Maria Marcilene Gomes de Sousa Monteiro comentou que tem esse cuidado após acompanhar os efeitos da automedicação em um familiar. “Meu consumo de medicamentos chega a ser zero, pois tenho consciência sobre o uso da automedicação e sei dos efeitos colaterais que esse hábito pode causar. E adotei esse hábito depois da morte da minha mãe há 04 anos, pois ela morreu de infarto, mas antes vinha sofrendo com várias sequelas de automedicação”, disse.
“Se alguém estiver perto de mim e depender de um comprido para não morrer, evitarei, porque evito andar até com medicamentos na bolsa. Minha mãe se automedicava antes do diagnóstico de hipertensão e isso causou grandes problemas para a saúde dela”, acrescentou Maria.
Todo o medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco, ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto. Essa avaliação é realizada a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença.
“Isso é possível, por exemplo, quando o paciente apresenta um problema de saúde autolimitado, como alguns tipos de cefaleia, náuseas e vômitos, diarreia, resfriado, insônia leve, entre outros. No entanto, é fundamental que a condição de saúde seja devidamente avaliada pelo profissional de saúde, que a escolha terapêutica seja realizada de forma adequada por esse profissional e que o uso do medicamento pelo paciente seja devidamente orientado na dispensação”, disse Márcia Juwer.
Descarte de medicamentos
O descarte inadequado de medicamentos é ruim para o meio ambiente e, consequentemente, para a saúde. Isso porque o despejo incorreto provoca a contaminação do solo e das águas, comprometendo a qualidade de vida.
A população também pode buscar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para tirar dúvidas sobre pontos de coleta, caso a própria UBS não o faça. O site da prefeitura do município também pode indicar se há locais de coleta para medicamentos.
“É preocupante observar que muitos medicamentos são descartados de maneira inadequada, poluindo o meio ambiente e expondo as pessoas a substâncias nocivas. Quando medicamentos são jogados no ralo ou vaso sanitário, podem contaminar as águas. Além dos impactos ambientais, o uso irracional de medicamentos sem prescrição médica pode causar envenenamento acidental e abuso. É importante descartar corretamente os medicamentos não utilizados e vencidos para evitar danos intencionais ou exposição acidental”, pontuou a farmacêutica.
Orientações gerais
* Evite tomar medicamentos sem orientação de um profissional de saúde (médico, dentista, farmacêutico, entre outros).
* Não tome medicamentos vencidos.
* Não utilize medicamentos indicados para tratar outras pessoas.
* Nunca compre medicamentos em feiras e camelôs.
* Só compre medicamentos em farmácias e drogarias.
* Exija sempre a nota fiscal da farmácia ou drogaria.
* Guarde com você a nota fiscal, a embalagem e a cartela ou frasco do medicamento que está sendo usado. Eles são seu comprovante se você precisar registrar alguma queixa em caso de irregularidades.
Karoliny Santiago/Governo do Tocantins